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D. Carlos I, um Reinado Infeliz

D. Manuel II, o Último dos Reis

Chique a valer, diria o Dâmaso!

É o velódromo de Palhavã, em terras então quase virgens de carros e casario. Inaugurado em 1905, era ponto de encontro das gentes chiques, honrado amiúde com a presença de el-rei D. Carlos. Por ali se realizavam provas de hipismo, ciclismo, corridas de motos e, já mais tarde, corridas de automóveis. Um camarote, privilégio só de alguns, podia custar 2.500 réis.

Da carroça à carreta, a sagração dos fiéis defuntos

Todas as fotografias, pertencentes ao Arquivo Municipal de Lisboa e da Hemeroteca Digital, foram recolhidas em http://restosdecoleccao.blogspot.pt

 

13/12/2012

Hoje venho-vos com coisas chiques

Cascais é, desde os tempos do senhor D. Luís, sítio de gente fina que até inventou um sotaque só para ela. Mas as damas e cavalheiros não são avistados na estação, no supermercado, nos correios, muito menos nas praias, um horror de gentinha empilhada. A Quinta da Marinha, as mansões, os hotéis e restaurantes de luxo continuam a ser o seu habitat natural. Estas fotografias foram obtidas, durante os anos 20, no Hipódromo da Quinta da Marinha e no Sporting Club de Cascais, criado pelo então ainda príncipe D. Carlos. Começavam a desabrochar as Tatões e Dadinhas e Pipitas e Pilitas. Os Champalimaud e os Espírito Santo e os Mello e os Sommer, os donos de Portugal, progrediam e procriavam. Estava-se a um passo da longa ditadura.

 

Pouco mudou, em Cascais, de então para cá. Constituem ainda hoje um grupo à parte, que vive afastado da plebe, a não ser a presença tolerada, que remédio!, dos serviçais. Uma elite elegante, rica, bem nutrida, indiferente às tragédias e misérias de um país sempre à beira da pobreza, do fracasso social.

 

Pouco mudou. Ou nada?

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